domingo, 20 de fevereiro de 2011

Iaiá,cadê o jarro? O jarro que plantei a flor?...

A impressão é que entramos no túnel do tempo e voltamos ao passado, na verdade um passado que não vivemos, mas sabíamos que existiu...
Entramos no salão e as marchinhas de Carnaval não pararam mais, colombinas e pierrôs dançavam alegremente, os olhares nos davam a certeza que eles também entraram no túnel do tempo e voltaram ao passado, só que um passado que conheciam bem e que tinham muitas histórias para contar.
Os corpos aparentavam seus 70, 80 anos ou talvez um pouquinho mais, mas a animação era tanta que demonstravam ter no máximo uns 20 anos.
Chegamos a achar que não daríamos conta de acompanhar aqueles jovens, mas conseguíamos e dançamos até a banda do Refogado do Sândi tocar a última musica.
Que venha outro Carnaval da Cidade Vicentina!!
Dra. Beija-flor
PS: A marchinha abaixo não sai da minha cabeça....
Iaiá, cadê o jarro?O jarro que plantei a flor?
Eu vou te contar um caso, eu quebrei o jarro e matei a flor...
Que maldade, que maldade, você bem sabia que no vaso de jarro eu plantei a saudade...

domingo, 13 de fevereiro de 2011

As Teresas

Estávamos em uma junta de “besteirólogos”, quando entramos em um quarto e encontramos duas senhoras muito simpáticas, ambas com o nome de Teresa.
Resolvemos colocar uma canção na caixinha de música que nos auxilia nas visitas. A música escolhida foi em o clássico sertanejo "Telefone Mudo" que traz em uma de suas estrofes a frase "Cansei de ser o seu Palhaço" rsrs...
 Surpreendemos-nos ao ver “As Teresas” cantarem junto conosco com muita empolgação e animação aquela canção. Cantamos, dançamos e gesticulamos muito, foi um momento muito divertido e de muita descontração!
Na despedida nos pediram que ficássemos com elas o restante da tarde, falamos que não era possível, mas que iríamos contratá-las, pois elas deram um verdadeiro show...

Dr.Guile Bugiganga,Dr.Esparadrapo,Dr.GB,Dr.ª Arco-Íris,Drª Borboleta

( texto editado)

A reconciliação

Quando eu , a dra. Num Sei , Dra. Uvinha e dr. Xico  chegamos na casa maior que há na Cidade Vicentina, encontramos uma senhora muito triste, reclamando que não queria mais ficar lá. Enquanto ela nos contava que havia brigado com outra idosa, esta apareceu na porta e as duas começaram a discutir num tom elevado. No início, ficamos sem reação, mas logo dr. Xico falou: “Agora a conversa é séria, estou tirando meu nariz pra gente conversar”. Então nós fizemos o gesto de retirada do nariz para conversar com elas.

Eu falei que não podia haver briga, que todas tinham que ser amigas, que a paz na casa era importante. Perguntei às duas se uma gostava da outra e ambas fizeram que sim com a cabeça. A dra. Num Sei começou a cantar, “vamos dar as mãos, vamos dar as mãos”, e as duas se deram as mãos e pararam de discutir, falando que uma gostava da outra. Essa reconciliação foi linda.

A primeira senhora nos acompanhou na visita à casa e me falou: “Eu sonhei que meu filho estava vendendo peixes na rua, maltrapilho… Ele tem um negócio, será que a empresa dele vai ficar mal? Todas aqui me disseram que não, mas eu queria saber de você… Será que meu filho vai falir?”. Como Deus está sempre conosco nas visitas, respondi: “Seu filho não vai falir, não. Pelo contrário, vai prosperar e ter fartura nos negócios dele. Jesus multiplicou os peixes, e isso significa muita fartura e prosperidade nos negócios do seu filho”. Ela me abraçou muito forte e mostrou uma alegria imensa ao saber que aquele sonho, que a atormentava há dias, tinha uma explicação.

Quando saíamos, ela me questionou: “Como faço para sorrir? Eu não sei sorrir”. Então eu lhe disse que, se ela rezava para todos, naquela semana iria rezar para conseguir sorrir. Ao nos despedirmos de todos que estavam sentados na varanda, ela me olhou e disse que ainda não conseguia sorrir, mas iria tentar. E, com um gesto, levou a mão na boca e me mandou um beijo muito intenso, gratificante e significativo, não só para mim, mas também para ela, que havia saído daquele estado de preocupação e tristeza em que estava.

Dra. Bibélola

Lá, lá, lá, lá, lá, lá… Rock’n’roll lullaby…

Numa visita, interagimos com os pacientes usando várias músicas. Estávamos eu  Dr.Guile Bugiganga, Dr. Patinho, Dr. Laranjinha e uma doutora que manda muito bem no inglês, o que contribuiu para nosso repertório, que está em constante aprimoramento. Um dos CDs é do Pato Fu e se chama “Músicas de brinquedo”, com clássicos musicais tocados com instrumentos de brinquedo, o que dá uma sonoridade especial e diferente.

Surgiu a ideia de entrar na maternidade do Hospital Universitário tocando “Rock’n’roll lullaby”, uma canção que embalou toda uma geração e que todo mundo conhece. As mães que estavam nanando os bebês agradeceram, pois a música, com seus instrumentos de brinquedo, levou uma harmonia especial ao ambiente e inclusive calou o choro de alguns bebês.

Uma descoberta que acabou virando motivo de piada naquele dia é que, se a estatística se mantiver igual à que verificamos no HU, o mundo vai acabar só com mulheres, pois havia muitos bebês do sexo feminino e eram raros os do sexo masculino. É isso aí… Lá, lá, lá, lá, lá, lá… Rock’n’roll lullaby…

Dr. Guile Bugiganga

A pulga acrobata

Estávamos eu e o Dr. Esparadrapo no Hospital São Vicente e, quando passávamos pela ortopedia, notamos que em um dos quartos havia uma menininha linda de cabelos cacheados, sorriso fácil e encantador. Ela havia quebrado o braço e estava acompanhada de sua mãe e de outra pessoa no quarto. Dr. Esparadrapo rapidamente veio até mim e disse para fazermos a brincadeira da pulga acrobata.

Entramos no quarto e anunciamos o “Grande espetáculo, a pulga acrobata”. Fizemos a brincadeira utilizando uma trena que ele havia levado. Eu fingia pegar a pulga de dentro do meu bolso, todo atrapalhado, claro, e simulava jogar a pulga para o alto. Então, o Dr. Esparadrapo de prontidão simulava a queda da pulga na trena, fazendo com que ela se envergasse, como se o bichinho tivesse caído ali.

Os olhos daquela pequena menina brilhavam, e o sorriso, que já não tinha grande dificuldade para aparecer, saltou à nossa frente. Aquela menininha sorriu e deu gargalhadas com nossas trapalhadas. Quando achávamos que tínhamos cumprido nossa missão, vimos que o show estava apenas na metade. A menina disse: “Quero ver a pulga fazer outra coisa”. Depois de um silêncio e de uma rápida troca de olhares, eu disse a ela que a pulga acrobata iria andar sobre a corda. Improvisamos uma nova apresentação, fazendo o bichinho andar sobre a trena, como se estivesse numa corda bamba.

Entre várias situações bacanas que já vivenciei, essa realmente me marcou, assim como o sorriso e o brilho nos olhos daquela criança. Só posso agradecer por fazer parte deste grupo tão maravilhoso e mágico.

Dr. Kakulê


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Lingua de sogra

Puxa vida, gente! Cada história emocionante vocês contam! Lembro que uma vez, fiz algo parecido: um senhor estava supernervoso e falava um monte de coisas negativas. Tentei conversar, mas ele nem me ouvia. A única coisa que eu tinha no bolso era uma "língua de sogra" aquele trequinho se soprar. De repente, me veio a ideia de dar para ele. Passei a tal "língua de sogra" (é assim mesmo que se chama?) para ele e falei : Sopre tudo de ruim agora! Sopre! Agora! Foi tão engraçado que ele me obedeceu e soprou várias vezes, com raiva e muita força. Olhou para mim e deu um sorriso bem simpático. Não sei se foi pelo alívio ou por ter percebido a minha cara de palerma! Mas que valeu! Valeu!

Dra. Cari Oca.

TERAPIA DO BALDE

Uma dinâmica que tem proporcionado momentos emocionantes é a “Terapia do Balde”.
Trata-se de um pequeno balde de gelo que dizemos que é p/ levar todas as tristezas, ressentimentos, angústias enfim tudo aquilo que é mal.
O paciente lembra aquilo que está lhe incomodando ou afligindo,concentra-se e amassa na palma da mão como uma "bolinha de papel imaginária”,depois lança no balde,neste momento fazemos um barulho c/ metal como se estivesse de fato caindo um peso e no mesmo instante mostramos o balde vazio ao paciente.Mostrando que basta começar a pensar positivo que tudo aquilo que é mal vai embora,neste contexto surgiram muitas situações emocionantes, sendo uma delas a seguinte:
A acompanhante jogou no balde, com toda sua fé e esperança, tudo de ruim que estava passando naquele momento, através de sua “bolinha” imaginária... Foi um  momento tão especial, que pudemos ver em sua face a expressão de alívio acompanhada de pequenas lágrimas que escorreram de seus olhos. O nó na garganta insistiu em aparecer e a emoção foi difícil de conter ao sairmos do quarto...

Dra. Moranguinho e Dr.Guile Bugiganga

( texto editado )

domingo, 6 de fevereiro de 2011

05-02-2011 - Retorno feliz!

Retornar às visitas depois de um período de férias realmente é muito bom!
Foi um dia especial, com muitos momentos marcantes e emocionantes.
Mas um deles merece ser contado.
Entramos eu e Dra. Sapeca na UTI Cardio do São Vicente para dar continuidade ao nosso trabalho do dia. Quando estávamos terminando, uma enfermeira pediu que minha colega fizesse uma visita a um paciente que estava em um local mais reservado, quando vi, fui atrás.
Encontramos um garoto de aproximadamente 16 anos que havia sido operado, ao seu lado o pai com uma aparência bem cansada.
Começamos nossa interação, sem muito sucesso, pois não víamos nenhuma mudança na fisionomia do nosso “paciente”.
Dançamos, cantamos e nada....
Até que tive a idéia,como última tentativa, de fazer a brincadeira do "Haha..", onde ensino com uma técnica muito “peculiar” a pessoa gargalhar. Resolvi convidar o pai para participar e pedi que ele ficasse junto a nós na frente do leito e, para nossa surpresa e alegria, conseguimos fazer com que o pai gargalhasse e o filho desse um lindo sorriso ao ver aquela cena.
O olhar de admiração daquele filho para o pai, reconhecendo o esforço que fazia para tentar animá-lo foi muito emocionante!
Saímos do quarto deixando o pai gargalhando e com a certeza de termos cumprindo a nossa missão....

Dra. Beija -flor

Bem-vindos!

Olá,

O grupo Caminho da Alegria visita hospitais e asilos para levar alegria e descontração a esses locais. Com este blog vamos falar sobre momentos incríveis e emocionantes que vivenciamos durante essas visitas.

Participe deste espaço compartilhando um desses momentos conosco! Envie um e-mail para caminhodaalegria@terra.com.br que postaremos sua mensagem.