domingo, 13 de fevereiro de 2011

A reconciliação

Quando eu , a dra. Num Sei , Dra. Uvinha e dr. Xico  chegamos na casa maior que há na Cidade Vicentina, encontramos uma senhora muito triste, reclamando que não queria mais ficar lá. Enquanto ela nos contava que havia brigado com outra idosa, esta apareceu na porta e as duas começaram a discutir num tom elevado. No início, ficamos sem reação, mas logo dr. Xico falou: “Agora a conversa é séria, estou tirando meu nariz pra gente conversar”. Então nós fizemos o gesto de retirada do nariz para conversar com elas.

Eu falei que não podia haver briga, que todas tinham que ser amigas, que a paz na casa era importante. Perguntei às duas se uma gostava da outra e ambas fizeram que sim com a cabeça. A dra. Num Sei começou a cantar, “vamos dar as mãos, vamos dar as mãos”, e as duas se deram as mãos e pararam de discutir, falando que uma gostava da outra. Essa reconciliação foi linda.

A primeira senhora nos acompanhou na visita à casa e me falou: “Eu sonhei que meu filho estava vendendo peixes na rua, maltrapilho… Ele tem um negócio, será que a empresa dele vai ficar mal? Todas aqui me disseram que não, mas eu queria saber de você… Será que meu filho vai falir?”. Como Deus está sempre conosco nas visitas, respondi: “Seu filho não vai falir, não. Pelo contrário, vai prosperar e ter fartura nos negócios dele. Jesus multiplicou os peixes, e isso significa muita fartura e prosperidade nos negócios do seu filho”. Ela me abraçou muito forte e mostrou uma alegria imensa ao saber que aquele sonho, que a atormentava há dias, tinha uma explicação.

Quando saíamos, ela me questionou: “Como faço para sorrir? Eu não sei sorrir”. Então eu lhe disse que, se ela rezava para todos, naquela semana iria rezar para conseguir sorrir. Ao nos despedirmos de todos que estavam sentados na varanda, ela me olhou e disse que ainda não conseguia sorrir, mas iria tentar. E, com um gesto, levou a mão na boca e me mandou um beijo muito intenso, gratificante e significativo, não só para mim, mas também para ela, que havia saído daquele estado de preocupação e tristeza em que estava.

Dra. Bibélola

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